Trazendo um texto polêmico e crítico do colunista Ricardo Kertzman, do Jornal Estado de Minas - coluna opinião sem medo. Muito crítico, mas vale apena refletir.
Por algum maldito motivo, em meio a 215 milhões de brasileiros, apenas dois dejetos políticos têm chances de governar o País. Não bastaram as rachadinhas, as mansões, os pixulecos, os lulinhas?
São vinte e seis estados e um Distrito Federal. Quase seis mil municípios. Ou seja, vinte e sete governadores e cinco mil e tantos prefeitos. Milhares de vereadores, deputados estaduais e federais e senadores da República.
Promotores, procuradores, juízes, desembargadores, ministros (de Estado e de Tribunais), secretários de governo, assessores de absolutamente tudo, policiais, delegados, militares, médicos e professores - apenas na esfera pública.
Na iniciativa privada, temos trabalhadores, empresários, profissionais liberais, consultores, artistas, jornalistas, economistas, analistas, banqueiros, influencers digitais, comunicadores, youtubers, coachers, pensadores, palestrantes…
O Brasil é enorme; é gigante. Possui praias, montanhas, sertões, agricultura familiar e latifundiária, pecuária de corte e de leite, mineração de ponta, hospitais de vanguarda, petróleo, economia e mercado consumidor imensos.
PQP! Por que diabos, diante deste gigantismo todo, em meio a 215 milhões de habitantes, só conseguimos produzir e olhar para dois dos piores políticos da nossa triste história - senão os piores - como candidatos a presidir o País?
Que maldição hipnótica, transe coletivo, surto de burrice ou cegueira extremas são estes que nos impedem de encontrar nomes decentes, honestos, humanos, racionais, capazes e preparados para - ao menos!! - tentar nos tirar do buraco?
Por que essa fixação em velhos e velhacos; em velharias ultrapassadas, sem quaisquer novas e boas ideias, ou projeto de futuro para o país? Gente mesquinha, asquerosa, com passado e presente imorais, obcecadas por dinheiro e poder?
Será que não bastaram o mensalão e o petrolão, de Lula da Silva, o meliante de São Bernardo? O triênio de recessão de Dilma Rousseff? As catástrofes sanitária e econômica produzidas por Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto?
Não bastaram as rachadinhas, as mansões, os pixulecos, os lulinhas? Não bastaram o Queiroz, o José Dirceu, as ditaduras, os torturadores, os milicianos? Não basta a gasolina a R$ 8, o dólar a R$ 6, a inflação e os juros em 10%?
É incompreensível para mim - inacreditável mesmo!! - observar, a cada nova rodada de pesquisas eleitorais, a solidificação de um cenário tenebroso, onde parte do País se divide entre um ladrão e uma aberração, e a outra parte inexiste.
Há tanta gente, se não boa, melhor - muito melhor!! - do que estes dois trastes: Ciro Gomes, João Doria, Eduardo Leite, Henrique Meirelles, Sergio Moro, Simone Tebet, Rodrigo Pacheco, Luiz Mandetta (apenas para ficar com os mais conhecidos).
Na boa, o que Lula pode oferecer de novo, senão mais do mesmo? O que Bolsonaro pode fazer de diferente? Por que essa viseira eleitoral intransponível? Por que essa vontade incontrolável de continuar sendo o lixo que somos?
Sextou! Aproveitem o fim de semana e reflitam sobre o que realmente querem para o futuro. Não se esqueçam: nada está tão ruim que não possa piorar. Ainda não chegamos ao fundo do poço, é verdade, mas estamos a um palmo dele - ou de seu alçapão.
Estado de Minas
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