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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Inelegível, pai de Fábio Faria quer perdão da Justiça para concorrer à Câmara dos deputados



Por que Dias Tofolli aceitou convite para se hospedar na mansão de veraneio de Robinson Faria, pai do ministro da Comunicações, Fábio Faria, na paradisíaca praia de Pirangi, no Rio Grande do Norte, neste último fim de semana?

É a pergunta que todo potiguar está se fazendo.

Faz sentido. Há pouco mais de seis meses, em junho de 2021, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu uma ação contra Faria por crime de rachadinha na Assembléia Legislativa do Estado, instituição que, sabe-se lá como, Robinson presidiu por 8 anos seguidos, entre 2003 e 2010.

Segundo o MP-RN, Robinson mantinha funcionários que não trabalhavam na folha de pagamentos da Assembleia. A apuração mostra que foram desviados cerca de R$ 3,7 milhões.

É pouco se comparado ao rombo de quase R$ 1 bilhão que o pai do auxiliar de Bolsonaro deixou após sua passagem pelo governo* do Rio Grande do Norte, entre 2015 e 2018.

Além de quatro folhas de pagamento do funcionalismo, deixou pendências entre fornecedores e até contas de energia elétrica.

O desastre da sua gestão foi tão acintoso que o então governador sequer chegou ao segundo turno, em 2018, na sua tentativa de reeleição.

Seu governo foi marcado por índices de violência jamais vistos no estado. Apenas em 2017, foram registrados 2.408 assassinatos, sendo que numa única quinzena 75 morreram – dados mostram que 73% dos inquéritos de mortes violentas acabaram não sendo solucionados no período em que administrou o RN.

Houve ainda greves nos setores de Educação e Polícia Militar e contínuos atrasos no pagamento dos salários do funcionalismo.

Além da eleição – teve apenas 11,85% dos votos no primeiro turno* -, o então governador amargou uma outra derrota que pode ajudar a esclarecer a aproximação com Tofolli: acusado de utilizar recursos públicos na campanha, foi condenado pelo TRE, por maioria dos votos, em fevereiro do ano passado, a *ficar inelegível por 8 anos.

Essa ação ainda corre na Justiça e virou a pedra no sapato da família Faria: apoiado por Bolsonaro, Robinson quer concorrer a deputado federal em 2022 e lançar o filho Fábio, que é casado com Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, ao Senado.

Só que ambos amargam um dissabor das urnas no Rio Grande do Norte: considerados arrogantes e mulherengos, não têm apelo popular. Três anos e meio atrás Robinson passou vergonha e o filho elegeu-se deputado na bacia das almas, com apenas 70 mil votos.

Tirar o patriarca da lama

Nem os Farias, tampouco Tofolli, falaram sobre o objetivo da visita, mas no estado a conversa é uma só: Robinson e o filho querem o apoio do ministro do STF nesta missão de derrubar a inelegibilidade do patriarca.

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/robinson-faria-inelegivel-tofolli-stf/

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