O presidente Jair Bolsonaro vai conversar nesta quinta-feira (27) com o ministro da Defesa, Braga Netto, e o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, sobre uma eventual punição ao general da ativa Eduardo Pazuello.
Pazuello,
ex-ministro da Saúde, participou no último domingo
(22) de uma manifestação política ao lado do presidente da República no
Rio de Janeiro, o que é proibido pelo Regulamento Disciplinar do Exército e
pelo Estatuto das Forças Armadas.
O
encontro entre Bolsonaro, Braga Netto e Oliveira será durante a viagem que o
presidente faz nesta quinta a São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
Segundo
dois assessores presidenciais disseram ao blog, a punição a
Pazuello será defendida por Braga Netto e Paulo Nogueira como medida necessária
para manter a ordem e a hierarquia nas Forças Armadas.
Exército decide abrir
apuração disciplinar contra Pazuello por participação em ato com Bolsonaro
Militares da ativa
defendem ainda que Eduardo Pazuello peça para ir para a reserva, posição que
também é endossada pelo comandante do Exército. Só que o ex-ministro da Saúde
resiste a essa medida até que a CPI da Covid conclua seus trabalhos. Ele teme
ir à comissão na condição de general da reserva e ficar exposto a um pedido de
prisão.
A princípio, o
presidente Bolsonaro não gostaria de aplicar nenhuma punição a Pazuello.
Afinal, o general da ativa esteve no ato de domingo ao lado dele e foi
celebrado dentro do Palácio do Planalto depois de seus dois dias de depoimento na CPI, quando protegeu o presidente da
República.
Nesta quinta,
termina o prazo para Pazuello entregar sua defesa no processo disciplinar aberto pelo Comando do Exército para
apurar sua participação em ato político ao lado de Bolsonaro.
Nesta semana, o
vice-presidente Hamilton Mourão defendeu que Pazuello sofra algum tipo de
punição e disse, inclusive, ter sido informado que o general da ativa entrou em
contato com o comandante do Exército e admitiu ter errado.
A advertência é a
punição mais branda a ser aplicada a um militar. As outras são censura pública,
suspensão e prisão de 30 dias. Ou seja, a punição que será defendida é a menos
grave. A decisão final será do presidente da República, que pode, inclusive,
revogá-la.
Segundo militares da ativa, em casos normais, não caberia ao comandante do Exército discutir o assunto com o presidente da República. Ele tem o poder de punir ou não em decisão monocrática.
Créditos: Blog Valdo Cruz
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