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quinta-feira, 1 de julho de 2021

Abel quebra o silêncio, desaprova demissão de Ramírez e faz comparações: “futebol brasileiro não tem projeto”


 

Abel Braga vivenciou algo um tanto quanto atípica no mundo da bola. Foi demitido com uma campanha de retomada no Brasileirão da temporada passada, conseguiu ficar com o vice-campeonato, após assumir um time em crise e por muito pouco não garantiu o tetracampeonato nacional para o Clube do Povo, ficando a um ponto do Flamengo, campeão da edição 2020.

Nesta quinta-feira (1), o técnico concedeu entrevista para o programa "Seleção SporTV" e comentou sobre a demissão de Miguel Ángel Ramírez, dispensado assim que o Inter caiu na Copa do Brasil. Abel usou sua experiência no Colorado de 2020, para explicar o caso do técnico espanhol e afirmou que a demissão de Ramírez foi um equívoco:

"Eu acho que, por tudo aquilo que foi dito na contratação, tinha que ter dado um tempo maior. Foi colocado que o objetivo maior era mudar a forma de jogar, trabalhar com jogador novo. A ideia era essa. Aí vem o resultado que não agrada, não houve uma adaptação ainda legal ou uma afinidade entre ideias. Eu cheguei ao Inter, perdi o primeiro jogo para o América, pela Copa do Brasil, perdi o segundo jogo, dois dias depois, para o Santos, e não mexi na equipe que estava jogando com o Coudet. Depois, começou, e teve aquela sequência de 14 jogos sem perder. Lamentavelmente, o futebol brasileiro não tem projeto, só se exige resultado”, enfatizou o experiente treinador.

Na sequência, o atual técnico do Lugano, da Suíça, deu mais detalhes sobre seu pensamento. Abel, expôs como tem sido o início de sua experiência na Europa: 

"A gente não pode se programar conscientemente de 'quero fazer aquilo'. Isso é quase impossível. A chance que o meu agente me deu para vir para cá é um negócio muito legal, porque é Europa, só joga de final de semana, todas as viagens de ônibus, no dia de jogo não concentra. O Palmeiras em 15 dias fez seis jogos. Isso é desumano. Isso não tem aqui. Eu já sei que dia 20 eu vou para o Brasil para passar o Natal e o Réveillon. É outra parada", explicou o treinador, para concluir com um exemplo de como anda sua rotina:

"Foi assim: 'vou para um lugar onde vou jogar todo domingo, curtir, acordar e ficar olhando para esse lago'. Estou contente. Quando estou na Europa, estou sempre contente, porque começo a conhecer uma outra cultura", finalizou o técnico Campeão do Mundo pelo Colorado.

Bola Vip

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