RIO — A CSN acertou a compra de 100% da Holcim em negócio avaliado em US$ 1,025 bilhão, informou a empresa em comunicado ao mercado na manhã desta sexta-feira. Com a aquisição, a companhia galga alguns degraus no ranking de cimenteiras no país.
A Holcim é o terceiro maior produtor de cimento, atrás da Votorantim e Intercement (ex-Camargo Corrêa), embora tenha uma fatia de apenas 10% do mercado, segundo analistas. Esse lugar passa a ser ocupado pela CSN quando o acordo for concluído.
Com a compra, a CNS Cimento, braço da siderúrgica para o segmento, vai acrescentar 10,3 milhões de toneladas de cimento à sua capacidade produtiva, que hoje está em cerca de 6 milhões de toneladas.
Será a segunda aquisição da CSN Cimentos, braço da siderúrgica para o segmento, em menos de quatro meses. No fim de junho, a empresa adquiriu a cimenteira Elizabeth por mais de R$ 1 bilhão do fundo Farallon.
Holcim
A CSN acertou a compra de 100% da Holcim (ex-LafargeHolcim) em negócio avaliado em US$ 1,025 bilhão. Maior fabricante de cimento do mundo, o grupo franco-suíço havia anunciado em abril que deixaria o Brasil e previa vender seus ativos no país, que valeriam cerca de US$ 1,5 bilhão (o equivalente a R$ 8,35 bilhões).
Votorantim e Intercement na disputa
Além da CSN, disputaram os ativos da Holcim as duas maiores empresas do país na área. Mas, por questões de concentração de mercado, as propostas das duas gigantes foram limitadas.
Segundo a agência Reuters, a Votorantim apresentou oferta por unidades no Nordeste e a Intercement, por unidades no Rio, Espírito Santo e Minas Gerais. A compra dessas unidades poderia ser permitida pelo Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Outras duas empresas menores também fizeram ofertas, de acordo com a Reuters, a Mizu e a Cimento Apodi. O processo de venda está sendo coordenado pelo Itaú BBA.
O preço de compra ainda pode sofrer ajustes, de acordo com a nota da CSN. Mas foi bem visto no mercado. Martin Hüsler, analista do banco cantonal de Zurique, elogiou a venda das atividades no Brasil, que tinha rentabilidade "inferior à média", e considerou o preço de venda "sólido", segundo a agência de notícias AFP.
Em abril, a Holcim (na época LafargeHolcim) anunciou que deixaria o país. É mais uma das muitas multinacionais que decidiram sair do Brasil, a exemplo da Ford e da Audi.
Nascido da fusão em 2015 das empresas suíça Holcim e francesa Lafarge, o grupo simplificou seu nome em maio ao abandonar a palavra Lafarge de sua razão social para voltar a ser apenas Holcim. É o maior fabricante de cimento do mundo.
O Globo
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