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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Claro, Vivo, TIM e Brisanet arrematam lotes da faixa principal do leilão do 5G; veja vencedores


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu na manhã desta quinta-feira, 4, a sessão destinada ao leilão de quatro frequências do 5G, que pode terminar só na sexta-feira, 5. Este será o maior leilão já realizado pela Anatel, podendo movimentar R$ 49,7 bilhões. As faixas leiloadas – 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHZ – servirão tanto para ativar o 5G, quanto para ampliar o 4G. 

Vivo, TIM e Claro já levaram lotes na principal faixa do 5G. Também estão na disputa operadoras regionais como Algar Telecom, Brisanet e o fundo Bordeaux (dono de Sercomtel), assim como o Consórcio 5G, grupo que reúne 421 provedores regionais que constituíram uma empresa para representá-los no certame. 

Empresas vencedoras

A Winity II Telecom, do Pátria Investimentos, arrematou o primeiro lote - o A1 da faixa de 700 MHz - por R$ 1,427 bilhão, com ágio de 805,84%. Com abrangência nacional, o lote tem como compromisso a implantação do 4G em rodovias e localidades, dentro da faixa 700 MHz. Essa faixa é remanescente do leilão de 2014, quando a Oi, já em dificuldades financeiras, não participou da disputa. 

Com isso, a empresa o País terá uma nova operadora móvel com outorga nacional. Participaram da disputa as empresas NK 108 Empreendimentos e Participações S.A e VDF Tecnologia da Informação LTDA, que ofereceram respectivamente R$ 333,3 milhões e R$ 318 milhões. O lance mínimo era de R$ 157,6 milhões.

A Claro ficou com o lote B1 da faixa de 3,5 GHz, por R$ 338 milhões, com ágio de 5% sobre o preço mínimo. A faixa de 3,5 GHZ é exclusiva para o 5G, com capacidade de transmissão de altíssima velocidade. É a faixa de frequência mais usada no mundo inteiro para o 5G, com foco no varejo (consumidores finais) e na indústria. O espectro é considerado ideal para atender áreas urbanas. A empresa também arrematou o lote D33 (nacional) por R$ 80,338 milhões. 

Com abrangência nacional na faixa 3,5 GHz, o lote exige uma série de compromissos da empresa vencedora, como a implantação do 5G em municípios com mais de 30 mil habitantes, instalação de fibra óptica em cidades, compromissos associados à migração de canais transmitidos por TV parabólica para uma nova banda (Ku), e à implementação de redes públicas.

A Telefônica Brasil S.A., dona da Vivo, arrematou o segundo lote B2 da mesma faixa, por R$ 420 milhões, com ágio de 30,69%, e o lote D35 (nacional) por Telefonica por R$ 80,337 milhões.

A Tim levou o B3, por R$ 351 milhões, apresentando um ágio de 9,22% e o lote D 34 (nacional) na faixa de 3,5 GHZ é arrematado por TIM por R$ 80,337 milhões. Com isso, Claro, Vivo e Tim garantem a liderança no mercado móvel.

A Sercomtel ficou com o lote C2 (Região Norte e Estado de São Paulo) da faixa de 3,5 GHz por R$ 82 milhões, com ágio de 719,68% sobre o preço mínimo, e terá de oferecer 5G em municípios com menos de 30 mil habitantes nas duas áreas, com exceção de algumas cidades paulistas.

A Brisanet arrematou o lote C4 da mesma faixa, por R$ 1,250 bilhão, o que representa um ágio de 13.741% e terá de levar a tecnologia para municípios com menos de 30 mil habitantes da Região Nordeste. A empresa também ficou com o lote C5 (Centro-Oeste), por R$ 150 milhões. Com isso, a empresa passa a ser nova operadora de serviços móveis do País. 

O Consórcio 5G ficou com o lote C6 e terá de oferecer tecnologia 5G para municípios de menos de 30 mil habitantes na Região Sul. O grupo ofereceu R$ 73,6 milhões, com ágio de 1.454,74%. 

O lote C7 foi para a Cloud2U Indústria e Comércio, que ofereceu a ofereceu R$ 405,1 milhões, com ágio de 6.266%, e vai levar o 5G para cidades com menos de 30 mil habitantes no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. 

O último lote regional da faixa ficou com a Algar Telecom, que arrematou o C8 (Sul de Minas, parte de Mato Grosso do Sul, Goisás e São Paulo), por R$ 2,350 milhões, com ágio de 358,5%. 

Tribuna do Norte

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