Na ocasião, um candidato usou o celular para se comunicar com pessoas que estavam fora do local de prova. Ainda segundo a investigação, o participante, que fazia a avaliação em uma escola do município de Benevides, localizado na Região Metropolitana do Pará, enviou fotos de questões à especialista para obter as respostas.
Além disso, o outro suspeito ficaria responsável por realizar o pagamento aos outros envolvidos. Durante as buscas, agentes da PF encontraram um caderno com gabarito do Enem e números que, possivelmente, são de Pix de cerca de sete especialistas contratados pelo candidato.
Ainda segundo o MPT, a descoberta da fraude só foi possível porque um dos especialistas contratados denunciou o esquema. Em depoimento, ele alegou que recebeu fotos dos quesitos do exame, que deveriam ser resolvidos até às 17h. No entanto, o especialista garante que nas imagens recebidas não estava identificado o ano de aplicação da prova. Porém, o suspeito deixou escapar, em uma das fotos, informações sobre a edição 2021.
Investigações
Todo material recolhido pela Polícia Federal passarão por perícia pela equipe de investigação do caso, que também vai apurar a falha no controle de entrada de celulares na escola onde o suspeito realizou o Enem. De acordo com a PF, os envolvidos podem responder pelo crime de fraude "em certames de interesse público" e serem passíveis de até quatro anos de reclusão.
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