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sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Aliança entre PT e MDB ganha fôlego com candidatura de “Gari”


“Em entendimento, principalmente com meu filho Walter, chegamos à conclusão que minha candidatura a deputado federal seria capaz de impulsionar novas nominatas”. Assim, o ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB) explicou o motivo pelo qual decidiu concorrer a uma vaga na Câmara Federal pelo Rio Grande do Norte, no pleito deste ano. O fato é que, com isso, a aliança PT-MDB fica cada vez mais próxima de se concretizar.

O ex-senador “Gari”, como é chamado carinhosamente por eleitores, já ocupou os cargos de governador de Estado, prefeito de Natal, ministro da Previdência Social no governo Dilma Rousseff (PT) e deputado estadual, disse ainda, em entrevista ao programa Foro de Moscow nesta quinta-feira 13, que a sigla considerou que esta é a melhor opção a ser decidida, diante da atual conjuntura política e das regras eleitorais que ficaram definidas para o pleito deste ano. E que deseja que, com isso, outros integrantes do MDB no RN façam o mesmo que ele.

“A legislação obriga os partidos a terem nominatas grandes, e isso não pode ser somente entre eles, ou seja, cada sigla terá que ter a sua própria nominata. Então, em entendimento com os colegas, companheiros e amigos do MDB no Estado, principalmente com meu filho Walter, chegamos à conclusão que a minha candidatura a deputado federal seria capaz de impulsionar novas nominatas, e podermos atrair outros companheiros de partido a fazerem o mesmo, por isso, eu me coloquei à disposição”, esclareceu Garibaldi.

Com o martelo batido, a expectativa é de que o atual deputado federal Walter Alves (MDB), continue com as articulações políticas com o PT para a formação de uma aliança que poderá levá-lo a integrar a chapa majoritária, que deverá ter a governadora Fátima Bezerra (PT) como candidata à reeleição. Dessa forma, Walter Alves seria candidato a vice-governador do Estado. Mas, caso esse cenário não se concretize, o filho de Garibaldi terá a opção de lançar o seu nome à disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa do RN.

“Walter está nessa expectativa de que, se o entendimento prosperar, se tornar vitorioso (entre os dois partidos no RN), e isso não depende de uma decisão só nossa, e sim do PT, se avançar, Walter faria parte da chapa majoritária. Não prevalecendo isso (a aliança), Walter poderá ser candidato a deputado estadual ou examinar outra alternativa”, assegurou Garibaldi.

Aliança com PT precisa ser definida até março, para vigorar

A cúpula do MDB no Rio Grande do Norte está em diálogo com aliados políticos e filiados e deverá, até março deste ano, definir os contornos e os passos a serem adotados no Estado sobre a aliança com o Partido dos Trabalhadores.

Segundo Garibaldi, as articulações políticas entre as duas siglas tiveram início quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Natal e, durante um jantar, convidou os membros do MDB para um entendimento e, “durante essa conversa ele nos fez ver que é importante para o PT e gostaria muito que nós emedebistas fechássemos coligados. A partir daí, criou-se essa expectativa”, frisou.

O ex-senador detalhou como foi a conversa inicial com o ex-presidente Lula, “ele me fez ver que gostaria muito que eu pudesse compor a chapa com o PT me tornando candidato ao Senado ao lado da governadora Fátima Bezerra. Expliquei que minha candidatura não iria prosperar pela minha vontade de não disputar mais, porque se trata de uma eleição majoritária, porque eu teria que ter uma disposição maior, do que a que eu irei enfrentar na disputa para deputado federal. E já que eu nunca fui deputado federal, terei essa oportunidade”, enfatizou.

PRESIDÊNCIA. Garibaldi analisou a conjuntura política a nível nacional e avaliou que o presidente Bolsonaro está enfrentando um momento muito difícil em relação a atual situação do país. E isso tem acarretado um desgaste muito grande para o presidente quando é colocado diante do ex-presidente Lula.

Embora, admita que grande parte dos membros do MDB, atualmente, são favoráveis ao apoio da candidatura do ex-presidente Lula, Garibaldi explicou que sente o desejo de que o seu partido lance um nome próprio para à presidência da República.

“Eu gostaria muito de poder ter a oportunidade de votar no nome que fosse do MDB, como é o caso da minha ex-companheira do Senado, Simone Tebet, que se colocou à disposição do partido para disputar à presidência do partido”, admitiu.

Agora RN

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