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sábado, 5 de fevereiro de 2022

Covid-19: Vinho pode ter ação protetora contra doença, mas cerveja tem efeito contrário, mostra estudo


Cientistas concluíram, no entanto, que ingestão excessiva de qualquer bebida alcoólica pode elevar chance de contaminação pelo coronavírus.

Beber cerveja pode ser um fator de risco para contrair Covid-19. Em contrapartida, consumir vinho tinto pode proteger contra a doença. Esta foi a conclusão de um estudo feito por pesquisadores do Hospital Shenzhen Kangning, na China.

A pesquisa analisou 473.957 pessoas, das quais 16.559 receberam diagnóstico positivo para Covid-19. Análises apontaram que o consumo de cerveja e cidra aumentou o risco de contrair a doença, independentemente da frequência e quantidade ingerida. A alta frequência de consumo de destilados (ingestão de cinco copos por semana ou mais) também aumentou as chances de ser infectado.

Já pessoas cujo histórico apontava para o alto consumo de vinho tinto (ingestão de cinco copos por semana ou mais) tiveram menos risco de contrair a doença. O mesmo aconteceu para aqueles com alta frequência de consumo de vinho branco e champanhe.

"O consumo de cerveja e cidra não é recomendado durante as epidemias. As orientações de saúde pública devem se concentrar na redução do risco de Covid-19, defendendo hábitos de vida saudáveis e políticas preferenciais entre os consumidores de cerveja e cidra", afirmam os autores no estudo.

Os cientistas compararam também o consumo de bebidas alcoólicas no geral com o risco de contrair Covid-19. Eles concluíram que aqueles que bebiam tinham um risco menor de desenvolver a doença em comparação com os que não bebiam, mas o efeito protetor não foi significativo.

Os cientistas compararam também o consumo de bebidas alcoólicas no geral com o risco de contrair Covid-19. Eles concluíram que aqueles que bebiam tinham um risco menor de desenvolver a doença em comparação com os que não bebiam, mas o efeito protetor não foi significativo.

No entanto, aqueles que bebiam acima das diretrizes tiveram uma tendência de maior risco de Covid-19, e os consumidores que dobraram a ingestão acima das diretrizes ou consumiram mais que o dobro tiveram um risco 12% maior de pegar Covid-19 em comparação com quem não bebe.

A quantidade de consumo semanal de álcool foi convertida em unidades para cerveja e cidra (1 litro = 2 unidades), vinhos (1 taça padrão = 2 unidades) e destilados (1 shot = 1 unidade). As pessoas foram agrupadas em quatro categorias: (1) não bebedor ou bebedor apenas em ocasiões especiais; (2) dentro das diretrizes recomendadas (aqueles que consumiam menos de 14 unidades por semana); (3) acima do recomendado pelas diretrizes (de 14 a menos de 28 unidades por semana); e (4) duas vezes ou mais acima das diretrizes recomendadas (28 unidades ou mais por semana).

Limitações do estudo

O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) publicou um comunicado alertando sobre as limitações do estudo chinês. Segundo a instituição, nenhum tipo de beboda alcoólica protege contra o coronavírus.

Na publicação, o Cisa afirma que a proteção contra a Covid-19 atribuída ao vinho pode estar associada "às propriedades antioxidantes dos polifenóis e seus efeitos cardioprotetores, que podem dirimir os impactos que a Covid-19 traz ao coração. Tal discussão é válida, e merece ser estudada de forma mais minuciosa, mas é importante destacar que a pesquisa não provê nenhuma análise fisiológica de que este seja o caso".

O Globo



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