Imagens que circulam nas redes sociais mostram uma torre de produção de energia eólica que desabou, em um parque eólico de Rio do Fogo, município no Litoral Norte potiguar que fica a 72 km de Natal. De acordo com informações preliminares, o caso aconteceu no parque eólico Arizona.
O caso aconteceu no início da tarde deste domingo 30. Não há registro de feridos.
O Rio Grande do Norte tem protagonismo total e é líder nacional em produção de energia eólica; a ponto de atingir a autossuficiência. Em um patamar de capacidade produtiva superior a 5 Gigawatts (GW) e mais de R$ 21 bilhões de investimentos desde a instalação do primeiro parque, o estado é destaque mundial no setor.
Essa história começa no início da década de 2000, no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Na época, a crise energética seguida de racionamentos, apagões, acendeu um alerta no Brasil, apontando para a necessidade de buscar o que se chamava de fontes alternativas de energia. Foi criado, então, o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).
Características do vento
Em meio a essa organização institucional, o Rio Grande do Norte já despertava o interesse de investidores. Antes mesmo do primeiro leilão de energia, já havia empresas interessadas em fincar torres de aerogeradores no RN.
O motivo era o ambiente propício para o desenvolvimento da atividade. Darlan Santos, presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia do Rio Grande do Norte (Cern), explica que características geográficas e topográficas do estado contribuem para isso. De acordo com ele, os ventos alísios, que também são importantes para a produção salineira, são o principal fator. Além disso, esses ventos circulam em velocidade constante – média – e na mesma direção. “Tudo isso impacta na produção e contribui para que o Rio Grande do Norte seja um bom lugar para a produção de energia eólica”, acrescenta Santos.
O presidente do Cerne enfatiza ainda que no RN dá vento no litoral, na região serrana e também em áreas planas do interior, como é o caso da região do Mato Grande. “O que também é outro diferencial para o estado”, reforça.
Agora RN
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