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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Bolsonaro volta a dizer que pode ser preso se perder eleição e afirma temer pelos filhos


O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), admitiu em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 26,  que corre o risco de ser preso caso perca as eleições em outubro deste ano. Na entrevista, Bolsonaro também falou sobre o risco de seus filhos serem presos também.

Ao ser questionado sobre declarações de que poderia ser preso após a eleição, Bolsonaro disse que há dois cenários possíveis, mas não explicou quais seriam. "Eu tenho duas alternativas: essa [de ser preso] ou outra, que não vou polemizar aqui", declarou Bolsonaro ao programa. "Daqui a pouco prende um filho meu por fake news, como o Carlos o tempo todo é visado. Não tem cabimento.".

O presidente seguiu discorrendo e citou o caso dos empresários apoiadores do governo alvo de operação da Polícia Federal por apologia a um golpe de Estado. “O que faltou para prender esses oito empresários agora? Nada”, seguiu.

Bolsonaro usou o exemplo da prisão do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado a mais de oito anos de prisão e que recebeu indulto presidencial, para continuar comentando sobre uma possível prisão. “Quando ele foi condenado, eu entrei em campo com a questão do indulto. Não falta gente ao meu lado dizendo que eu iria achar confusão com o Supremo. Eu disse que não poderia achar confusão com a minha consciência”, disse.

Ditadura

Bolsonaro também afirmou que o País caminha para uma ditadura, mas não por causa dele. "Quando se fala em caminho para a ditadura, o Brasil está indo, sim, está caminhando, não com a velocidade que estaria se estivesse o Haddad no meu lugar, mas não é pelo chefe do Executivo", disse. "Geralmente quem conspira e quem se prepara para ficar no Poder é o chefe do Executivo, que tem a tropa na mão. É exatamente ao contrário, é um outro lado. Por quê? A gente não sabe por que essa pessoa age dessa maneira", emendou, em mais referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

Na quinta-feira, em transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro subiu o tom contra o Moares e pediu explicações sobre a operação da PF contra empresários bolsonaristas. "A gente espera aí que o digníssimo Alexandre de Moraes apresente a fundamentação dessa operação o mais rápido possível, porque agora eu estou vendo que a escalada contra a liberdade, aquilo que eu sempre tenho falado, tem se avolumado em cima destes empresários", declarou.

Os alvos da operação foram os empresários Luciano Hang, da Havan; José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan; Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Koury, do Barra World Shopping; André Tissot, do Grupo Serra; Meyer Nigri, da Tecnisa; Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii; e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu. Em mensagens num grupo de WhatsApp, reveladas pelo site Metrópoles, eles defenderam um golpe, caso Lula vença Bolsonaro em outubro.

Terra 

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