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segunda-feira, 25 de março de 2024

“O Rivaldo é nosso”: ex-chefe da Polícia do Rio orientou onde matar Marielle para evitar entrada da PF no caso


Investigação aponta que garantia de impunidade seria "apenas mais uma que apareceu no balcão de negócios" da Divisão de Homicídios na gestão de Rivaldo Barbosa.

O delegado Rivaldo Barbosa orientou os assassinos de Marielle Franco para que o crime não fosse executado na saída da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, segundo a delação premiada de Ronnie Lessa, incluída no relatório da Polícia Federal (PF).

De acordo com Lessa, Rivaldo — que era diretor da Divisão de Homicídios e depois foi alçado a chefe da Polícia Civil — informou que isso garantiria o andamento das investigações fora do âmbito da Polícia Federal.

Caso fosse executado na saída da Câmara de Vereadores, seria mais facilmente caracterizado como “crime político” e passaria imediatamente para a PF.

De acordo com a delação, Lessa ouviu de Edmilson da Silva Oliveira, o “Macalé”, que contratou os assassinos de Marielle e tinha relação próxima com Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro: “O Rivaldo é nosso”.

A investigação da PF aponta que a garantia de impunidade em torno do homicídio de Marielle seria “apenas mais uma que apareceu no balcão de negócios” da Divisão de Homicídios naquela gestão.

No relatório, a PF diz que Orlando Curicica — ex-policial militar que atuava como miliciano e chegou a ser envolvido indevidamente na morte de Marielle — sustenta haver um esquema de pagamento mensal de propina realizado pelas milícias para as delegacias do Rio.

A Divisão de Homicídios, segundo ele, recebia mensalmente em torno de R$ 60 mil a R$ 80 mil. “Isso quando não auferia uma remessa adicional em razão dos crimes que deixavam provas/rastros”, afirma o relatório.

CNN

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