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sábado, 21 de setembro de 2024

Demência cresce globalmente e pode aumentar 200% no Brasil até 2050, alerta OMS


A cada três segundos, uma nova pessoa desenvolve demência em todo o mundo. Atualmente, mais de 55 milhões de indivíduos sofrem com essa condição, que compromete a memória e o raciocínio. Esses dados são da Associação Internacional da Doença de Alzheimer, que dedica o dia 21 de setembro para aumentar a conscientização sobre a doença. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS), faz um alerta: até 2050, o Brasil e a América Latina devem enfrentar um aumento de 200% no número de casos de demência.

A demência é um termo coletivo para síndromes cerebrais degenerativas progressivas que afetam memória, pensamento, emoções e comportamento, sendo a Doença de Alzheimer a mais comum, responsável por 60 a 70% dos casos. Os sintomas incluem perda de memória, dificuldade em encontrar palavras e compreender o que os outros dizem.

O tratamento é multidisciplinar, e o Terapeuta Ocupacional desempenha um papel fundamental no cuidado, envolvendo a família e a rede de suporte. “É um olhar cuidadoso para o paciente, a família, os cuidadores e o ambiente, garantindo a saúde e o bem-estar durante todo o tratamento”, pondera a Terapeuta Ocupacional e Conselheira do CREFITO-7, Dra. Joice Paixão.

No Brasil, o Ministério da Saúde estima que cerca de 2 milhões de pessoas convivem com alguma forma de demência, com 100 mil novos casos diagnosticados anualmente. No entanto, mais de 75% dos casos permanecem não diagnosticados. Além disso, 62% dos profissionais de saúde ainda acreditam erroneamente que a demência faz parte do envelhecimento normal. “Embora o envelhecimento possa trazer algumas mudanças cognitivas, a demência é uma condição específica que afeta a memória, o pensamento e a capacidade de realizar atividades diárias”, explica Dra. Joice Paixão.

Recentemente, pesquisadores divulgaram na revista científica The Lancet 14 fatores de risco para demência, incluindo: baixo nível educacional, colesterol alto, consumo excessivo de álcool, depressão, diabetes, falta de atividade física, falta de contato social, hipertensão, lesões graves na cabeça, obesidade, perda de audição, perda de visão, poluição do ar e tabagismo. “Ficar atento aos sinais é importante, mas a prevenção continua sendo a melhor aliada no tratamento. Mantenha-se mentalmente ativo, controle a pressão arterial, cuide da audição, mantenha um peso saudável, tenha um sono de qualidade e cuide da sua saúde mental”, destaca a Dra. Joice Paixão.

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