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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Bolsonaro sugere que Justiça 'começa a agir como partido político' ao citar falta a depoimento na PF


O presidente Jair Bolsonaro sugeriu nesta segunda-feira, após participar de evento no Porto do Açu, no Norte Fluminense, que a tentativa do Supremo Tribunal Federal (STF) de intimá-lo a prestar depoimento à Polícia Federal (PF) indica que a Justiça "começa a agir como partido político". Bolsonaro, contudo, evitou fazer ataques diretos ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, tampouco comentou sobre os motivos que o levaram a faltar ao depoimento, marcado para a última sexta-feira.

Questionado sobre o assunto após o lançamento da pedra fundamental da segunda usina termelétrica do Porto do Açu, em São João da Barra, Bolsonaro disse aos jornalistas que "perguntem ao advogado-geral da União, Bruno Bianco". Mas alfinetou a conduta do STF e negou que o inquérito divulgado em sua live, sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fosse sigiloso. Moraes havia determinado a tomada de depoimento de Bolsonaro para esclarecer as circunstâncias da divulgação deste inquérito por parte do presidente.

— Aquele inquérito que eu revelei na minha live não era sigiloso. Transformou-se em sigiloso depois da live. Eu não vou entrar nesse cipoal. Temos que acreditar na Justiça. Agora, quando a Justiça começa a se comportar como partido político... entreguei na mão da AGU — disse Bolsonaro.

Durante o evento no Porto do Açu, Bolsonaro também fez diversas referências a denúncias de corrupção em governos do PT, partido do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas eleitorais para 2022. Bolsonaro repetiu uma cifra, apontada em 2017 em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), de que desvios e má gestão na Petrobras entre 2003 e 2015 teriam totalizado prejuízos na ordem de US$ 15 bilhões à empresa.

Pela manhã, ao visitar obras no Polo GasLub (antigo Comperj) em Itaboraí, na Região Metropolitana, Bolsonaro chegou a chamar Lula de "ladrão" ao citar os desvios na Petrobras. No local, Bolsonaro também exortou seus ministros a "explicarem" à população que a alta de preços nos combustíveis no atual governo deve ser creditada a casos corrupção e erros de gestão em governos petistas. 

O Globo



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