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quarta-feira, 5 de outubro de 2022

A nova pesquisa presidencial do Datafolha, a primeira do segundo turno


Apesar das controvérsias e até de uma inusitada ordem do Ministério da Justiça para a PF investigar os institutos que as produzem, as pesquisas estão de volta. A primeira pesquisa presidencial do Datafolha para o segundo turno será divulgada na noite de sexta-feira, 7. Será realizada em três dias, entre hoje e a própria sexta-feira — o que permitirá captar o impacto dos primeiros movimentos de Lula e Jair Bolsonaro no pós-2 de outubro. O instituto entrevistará presencialmente 2.884 pessoas acima de 16 anos em todos os estados brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

O efeito dos apoios dados aos dois candidatos nesta reta inicial de retomada da campanha já poderá ser minimamente medido nesta pesquisa. Tanto os anunciados por Jair Bolsonaro desde ontem (Romeu Zema, Claudio Castro e Rodrigo Garcia), que continuam hoje com Ratinho Jr. e devem se estender pela semana com mais governadores em eventos ao lado do presidente. Como os apoios a Lula, que já tem ao seu lado o PDT, Helder Barbalho e hoje protagonizará um evento ao lado de Simone Tebet. 

Além de perguntas sobre intenção de voto para presidente da República, a pesquisa tentará medir o que pensa o brasileiro sobre temas correlatos: o grau de rejeição, se o entrevistado já está totalmente decidido por aquele candidato; se votou no primeiro turno e em quem ele votou.

O Datafolha vai perguntar também quem Simone Tebet e Ciro Gomes deveriam apoiar agora: eles já declararam seus votos, ambos em Lula, mas a questão é importante para tentar medir se o eleitor deve acompanhar a dupla em suas escolhas.

Os entrevistados também responderão sobre o que os influencia na definição do voto: a manutenção do Auxílio Brasil? A defesa dos direitos das minorias? A defesa dos valores da família tradicional? A orientação dada por um líder religioso? A redução do desemprego? O combate à inflação? O combate ao crime? A defesa do Meio Ambiente? Da democracia?

E, finalmente, para quem não foi votar no primeiro turno, o Datafolha perguntará o motivo.

Seja qual for o resultado deste primeiro Datafolha para o segundo turno, seus números serão protagonistas de um intenso debate. Serão contestados. Serão usados em campanhas eleitorais inevitavelmente como peças de campanha de vários candidatos. Serão, enfim, discutidas como nunca foram.

As pesquisas são um instrumento importante para se medir o pulso da eleição. Mas inevitavelmente serão vistas a partir de agora como mais um instrumento para se acompanhar o processo eleitoral — e não a única e soberana ferramenta para se tentar analisar para onde caminha a cabeça do eleitor. 

O Globo 

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