Um bloco de questões será justamente sobre o debate de domingo passado. Será perguntado se o entrevistado assistiu ao debate (inteiro ou parte dele); se, pelo que viu ou soube, quem levou a melhor; e se o programa o fez mudar o seu voto.
O instituto entrevistará presencialmente 2.812 pessoas acima de 16 anos em 181 cidades de todos os estados brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. As duas pesquisas do Datafolha para este segundo turno mostraram absoluta estabilidade: 49% para Lula e 44% para Jair Bolsonaro, um resultado que, levando-se em conta a margem de erro, pode ser lido também como um quase empate.
Há dois outros dados fundamentais para a decisão do pleito que devem ser olhados com atenção, além do debate e do caso do "pintou um clima" dito por Bolsonaro: a aprovação do governo Bolsonaro e a taxa de rejeição do presidente. A avaliação do seu governo vem subindo consistentemente desde o fim de setembro, assim como o percentual dos que dizem que não votariam de jeito nenhum no presidente está em queda.
perguntas sobre intenção de voto para presidente da República, a pesquisa tentará aferir o que pensa o brasileiro sobre temas correlatos: o grau de rejeição aos dois candidatos; se o entrevistado já está totalmente decidido a votar em Lula ou Bolsonaro.
A pesquisa tentará também medir o temor do brasileiro em revelar em quem vota ou discutir política nestes tempos de polarização exacerbada: "Onde você tem mais problemas em falar sobre suas preferências políticas ou revelar quem é o seu candidato à presidência?". Eis as opções dadas: em família, no trabalho, na escola, entre amigos, na igreja ou em locais públicos perto de pessoas desconhecidas (neste caso, o entrevistado pode cravar mais de uma opção como resposta).
O Datafolha vai perguntar ainda se o eleitor está mais decidido a ir votar no dia 30 em comparação com 2018.
Os entrevistados também responderão sobre sistemas de governo. Ou seja, se consideram a democracia "melhor que qualquer outra forma de governo"; ou se "em certas circunstâncias, a ditadura é melhor".; ou ainda se "tanto faz".
A pesquisa desta quarta-feira está sendo feita exatamente na metade da corrida eleitoral deste segundo turno.
O Globo
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