Não foi uma boa sexta-feira para Jair Bolsonaro. Foi um dia, ontem, de seguidas notícias ruins, que começou com ministro (Fábio Faria) se dizendo arrependido de ter entrado na roubada de apontar culpa em rádios pela diferença de votos para Lula e se encerrou com um desempenho melhor do adversário petista no debate da Globo.
Quando um governo está em fim de linha diz-se que o café esfriou e a água esquentou nas repartições do estado. Assim parece caminhar o governo.
Antes do debate, no final da tarde, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), deu declarações sobre como será sua relação com um eventual governo Lula. Os ventos mudando.
"Assim que o presidente for eleito ele deve apresentar as suas propostas, coisa que o candidato Lula ainda não fez, e essas propostas é que vão propiciar esse clima de dialogo” – disse Zema, que não está conseguindo reverter o quadro no estado a favor de Bolsonaro. Pesquisas apontam Lula à frente.
As pesquisas seguiram apontando vantagem de Lula de, pelo menos, 6 pontos, o que não é pouco. O petista segue muito favorito para vencer no domingo.
No debate em si, Bolsonaro não foi o esbravejador de sempre. Tentou irritar Lula, sem sucesso. Estava preso na leitura de papéis. Até cola na mão ele levou, logo no início. Ficou lendo coisas na sua palma, no centro do palco.
Lula foi bem do início ao fim. Pode não ter sido excelente, mas não entrou na pilha do adversário, soltou boas frases e foi assertivo. Dessa vez, o petista respondeu à acusação de ser corrupto. Falou das rachadinhas, da compra de imóveis em dinheiro vivo e falou até dos pastores do Ministério da Educação.
Bolsonaro, a certa altura, pareceu resignado. Sentido da iminente derrota? No final, o presidente afirmou à apresentadora Renata Lo Prete que irá acatar o resultado das urnas. É muita coisa a dois dias da eleição.
Algo que Lula não deveria ter dito, que foi bem infeliz: dizer que não assistiu a seu programa eleitoral porque tem mais o que fazer. Ora! Coisa feia. Desrespeito com quem assistiu, vibrou com as imagens, decidiu por ali votar nele.
Metrópoles
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