Os vereadores presos são Flavio Batista de Souza (Podemos, de Ferraz de Vasconcelos), Luiz Carlos Alves Dias (MDB, de Santa Isabel) e Ricardo Queixão (PSD, de Cubatão).
De acordo com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que coordena as investigações, o esquema atuava para beneficiar empresas ligadas ao PCC no sentido de obter contratos públicos com prefeituras, câmaras municipais e governo do estado.
Em alguns casos, segundo as apurações, era a própria facção que dava a palavra final sobre quais empresas deveriam obter os contratos.
Os contratos envolvem empresas que prestam serviços de mão de obra de limpeza, fiscalização e vigilância em prefeituras, câmaras e órgãos do Estado.
Na operação, batizada de Operação Muditia, além dos 15 mandados de prisão, são cumpridos 42 de busca e apreensão. Até o momento, foram apreendidos R$ 600 mil em espécie e munições de diferentes calibres.
Os contratos públicos assinados pelo grupo, de acordo com os promotores, ultrapassam R$ 200 milhões. As suspeitas recaem sobre licitações em cidades como São Paulo, Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos, Poá e Cubatão, entre outras.
Outro lado
O Metrópoles tentou contato com as defesas e os gabinetes dos três vereadores presos, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para manifestações.
Em nota, a Câmara Municipal de Santa Isabel, na Grande São Paulo, afirmou que tomou conhecimento a respeito da operação, que vem colaborando com as investigações e se coloca à disposição da Justiça para maiores esclarecimentos. “Quanto aos mandados de prisão, informamos que não fomos cientificados acerca de eventuais prisões”, diz o texto.
A Câmara Municipal de Cubatão informou, também em nota, que “está colaborando com as equipes de investigação, fornecendo todos os documentos solicitados pelas autoridades”.
Metrópoles
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