O Irã já havia anunciado publicamente que lançaria um ataque contra Israel em represália ao bombardeio contra o anexo consular de sua embaixada na Síria, que deixou 16 mortos em 1º de abril, incluindo dois generais da Guarda Revolucionária, a força de elite iraniana. Mas, embora a ameaça estivesse no radar de autoridades israelenses e de seus aliados internacionais, restavam dúvidas sobre horário, data e local do ataque. Os detalhes foram esclarecidos na noite de sábado, entrando pela madrugada do domingo, em um ataque que durou cerca de 5 horas — e aumentou as tensões no já aquecido Oriente Médio em meio à guerra em Gaza.
Em uma ação coordenada com o movimento libanês Hezbollah e os rebeldes houthis do Iêmen, integrantes do chamado Eixo da Resistência, foram disparados cerca de 330 drones, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro contra o território de Israel, no primeiro ataque direto lançado por Teerã contra o Estado judeu. Disparos também foram feitos a partir da Síria e do Iraque, segundo os Estados Unidos.
As Forças Armadas israelenses afirmaram que a maioria dos mísseis foram interceptados, com auxílio dos aliados EUA e Reino Unido, e que os danos provocados pela ação foram mínimos. Mas os ataques foram uma breve exibição da capacidade militar iraniana, bem como do alcance e da sofisticação de parte de seu arsenal, que evoluiu em qualidade e quantidade nos últimos 15 anos. Em uma guerra hipotética entre essas duas potências militares do Oriente Médio, quem levaria a melhor?
Programa de mísseis
Embora Israel tenha uma das Forças Armadas mais poderosas do Oriente Médio, com sistemas de monitoramento, defesa e ataque avançados, seu exército é considerado o 17º mais forte do mundo, enquanto o exército iraniano ocupa a 14ª posição, segundo o Global Firepower, um ranking especializado em potências militares que analisa o arsenal de 145 países. A comparação é medida a partir do contingente e das capacidades militares de cada país.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário