O ex-presidente Michel Temer foi preso nesta quinta-feira, 21, pela Operação Lava Jato do Rio. A ordem de prisão é do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio. O ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia) também foi preso.
A ação de hoje é decorrente da Operação Radioatividade, investigação que apurou crimes de formação de cartel e prévio ajustamento de licitações, além do pagamento de propina a empregados da Eletronuclear. Após decisão do Supremo Tribunal Federal, o caso foi desmembrado e remetido à Justiça Federal do Rio de Janeiro.
O inquérito que mira Temer e seus aliados tem como base as delações do empresário José Antunes Sobrinho, ligado à Engevix.
REPERCUSSÃO
O senador Major Olímpio (SP), líder do PSL no Senado, disse em vídeo que a prisão de Temer é um indicativo de que "o Brasil está mudando". Na avaliação do senador, é preciso passar o País a limpo.
"Cadeia para todos aqueles que dilapidaram o patrimônio do povo brasileiro, envergonharam a política e nesse momento tem que pagar sim na Justiça. Não interessa se é ex-presidente, se era ministro, membro do poder executivo, do legislativo e até mesmo do poder Judiciário."
Com a prisão de Michel Temer, são seis os ex-presidentes presos na história do Brasil, incluindo o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Presidente entre 1910 e 1914, o marechal Hermes da Fonseca foi preso em julho de 1922, acusado de conspiração no levante militar conhecido como a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. Depois dele, foi preso Washington Luis, que comandava o governo quando teve início a Revolução de 1930.
Já Arthur Bernardes, presidente entre 1922 e 1926, foi preso em 1932 em Minas Gerais por participar da revolução Constitucionalista. Juscelino Kubitschek foi levado por agentes do regime militar na noite da promulgação do Ato Institucional número 5.
NOTA DO MDB
O MDB divulgou nota nesta quinta-feira, 21, para criticar a prisão do ex-presidente Michel Temer.
"O MDB lamenta a postura açodada da Justiçaà revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do ex-presidente da República, Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa", afirma a nota do partido
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