Manifestantes foram às ruas neste sábado (3) em 25 capitais brasileiras, em atos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a favor do impeachment e cobrando a volta do auxílio emergencial ao seu patamar original, com benefício de R$ 600.
Na parte da tarde, o principal ato foi o registrado na Avenida Paulista, em São Paulo, que tem como ponto de encontro o Museu de Arte de São Paulo (Masp) .
O trânsito foi interrompido nos dois sentidos da avenida. O ato se iniciou por volta das 15h e começou a registrar um número maior de pessoas a partir das 16h. O público seguiu, no início da noite, para a Rua da Consolação, onde uma agência bancária foi depredada, segundo a PM, por volta das 19h.
Equipes policiais e bombeiros foram mobilizados para apagar focos de incêncio, ainda segundo a política militar. Nas demais cidades, as manifestações seguiram de forma pacífica.
Brasília também iniciou os protestos à tarde, na Esplanada dos Ministérios.
Pela manhã, o maior ato foi registrado no Rio de Janeiro. Começou na Avenida Presidente Vargas, na região central, e se encerrou em frente à Igreja da Candelária, por volta das 14h.
Os atos foram convocados majoritariamente por movimentos sociais, sindicais e partidos políticos à esquerda.
A pandemia foi tema recorrente dos discursos e cartazes, que responsabilizam o presidente Jair Bolsonaro pelo número de mortesregistradas em razão da Covid-19 no Brasil.
Em Florianópolis, os manifestantes também se reuniram pela manhã. No local, havia uma coleta de assinaturas que pede a cassação do presidente.
Em Goiânia, os manifestantes pediram o aumento no volume de vacinação contra a Covid-19, além de benefícios sociais que auxiliem os cidadãos mais vulneráveis a enfrentarem o período de restrição das atividades econômicas que ainda está em curso devido à pandemia.
Em Recife, os manifestantes seguraram a faixa "Fora Bolsonaro" e pediram "comida no prato". A concentração aconteceu na Praça do Derby, às 9h da manhã. Por volta das 10h, os manifestantes seguiram rumo à Avenida Conde da Boa Vista.
Atos antecipados
Inicialmente, os atos ocorreriam daqui a três semanas, no final de semana dos dias 24 e 25 de julho. No entanto, os grupos decidiram antecipar a convocação após a eclosão da investigação de supostas irregularidades na aquisição de vacinas contra a Covid-19.
Foram citadas as suspeitas de irregularidades no caso Covaxin, que levou a abertura de um inquérito contra o presidente por suposta prevaricação, e em um suposto pedido de propina de US$ 1 por dose, em negociação de um representante comercial com um diretor do Ministério da Saúde, agora exonerado.
CNN Brasil
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