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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Pedro Malan e Edmar Bacha declaram voto em Lula, que avança entre economistas tucanos

Os economistas Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real, e Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso, divulgaram nota, nesta quinta-feira (6), declarando que vão votar em Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição presidencial.

Os economistas Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e Persio Arida, outro economista que participou da formulação do Real, já haviam anunciado essa opção, mas também assinam a nota.

Os quatro afirmam que a expectativa é que o candidato do PT tenha uma condução responsável na economia.

Em entrevista à Folha, Bacha, destacou que a nota conjunta busca reforçar a ideia de um consenso entre os economistas que atuaram na gestão de Fernando Henrique Cardoso e na defesa da estabilidade do país, uma vez que os signatários contribuíram para a criação do Real e o combate à inflação.

Bacha, que membro da Academia Brasileira de Letras, foi presidente do IBGE, do BNDES e fundador do instituto Casa das Garças, um centro de debates de políticas públicas no Rio de Janeiro.

"Uma nota conjunta fortalece um posicionamento que consideramos importante neste momento e também reforça nossa expetativa de que Lula terá compromisso com a estabilidade econômica, especialmente pela presença de Geraldo Alckmin na campanha e pelo aceno a Henrique Meirelles [ex-presidente do Banco Central na gestão de Lula]", afirmou.

A nota também fortalece o alinhamento de economistas egressos do PSDB à campanha do PT. André Lara Resende, que também atuou na criação do Real, já havia aberto o voto, optando por Lula.

Bacha reforçou ainda que seus questionamentos sobre a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) já eram públicos. "Avisei que não votaria em Bolsonaro, então era questão de tempo chegar a esta escolha", disse.

Ao anunciar o seu voto em Lula, Fraga destacou estar preocupado com os rumos da política nacional.

"O mais importante para o Brasil hoje é aprimorar a política, garantindo o mais básico, a democracia, a transparência na tomada de decisões na esfera econômica, de ir fundo nos diagnósticos e fazer propostas", afirmou.

"Precisamos restituir ao país calma, um ambiente que nos permita alargar horizontes e cuidar do desenvolvimento do Brasil."

O Globo 

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